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Histórico dos desbravadores no Mundo

Em vista de não terem uma atividade direcionada a eles, os jovens adventistas e alguns adultos criaram a sociedade dos M.V., só que esse programa era voltado apenas para a parte espiritual, deixando a desejar por outros lados.

Tentaram unir-se aos escoteiros (estabelecidos em 1910), mas os princípios divergiam. Assim os M.V. criaram um clube para prover treino físico, social e técnico através das classes progressivas, das especialidades e de acampamento. Em 1922 foram dados os nomes "Amigo", "Companheiro" e "Guia" para as classes. Instituíram a investidura, na qual receberam seus distintivos. O primeiro acampamento de verão aconteceu em 1926.

Os M.V. limitavam suas atividades aos programas espirituais, o que deixava os jovens sem atividades recreativas.

Em 1919, Arthur Spaeding criou para seus filhos e alguns amigos uma espécie de clube, algumas atividades e também acampamentos. A idéia de Spaeding foi bem aceita. O regulamento e algumas determinações foram o fundamento para o moderno clube de desbravadores.

Algumas idéias foram adotadas dos Escoteiros.

Em 1920 começou a ser usado o nome desbravador. O clube dos meninos era separado do das meninas.

Em 1930 surgiu outro clube, de liderança, do doutor Theron Johnston.

Em 1928 ocorreu o primeiro acampamento conduzido pela Associação do Sudeste da Califórnia.

A princípio os clubes de desbravadores não encontravam apoio na igreja, os membros acusavam os líderes de trazerem o mundo para dentro da Igreja.

Henry Bergh, diretor dos jovens da Associação Central da Califórnia desenhou a bandeira dos desbravadores em 1948.

Os quadrados azuis representavam lealdade e coragem e os brancos, pureza.

O emblema na forma de espada representava a Palavra de Deus e o escudo, a verdade. Os membros do clube trabalhavam nas especialidades M.V.

Em 1950, Laurence Maxwell organizou os índios Napa. Eles dividiram os meninos e as meninas em unidades que se reuniam separadamente. Maxwell chegou a conclusão que algumas unidades não estavam tendo êxito e passou a reuni-los todos juntos. Foi feito um uniforme de cor cinza.

Em 24 de agosto 1950 a comissão Assembléia Geral oficialmente reconheceu o Clube de Desbravadores.

Aprovou um folheto para ser usado como guia nas organizações dos clubes. As reuniões deveriam ser feitas semanalmente, em um dia da semana e as atividades deveriam incluir excursões, acampamentos, hobby e recreação. Em 1949 os escoteiros convidaram os desbravadores a se unirem a eles. Diante dos recursos escoteiros falaram que os desbravadores não teriam recursos para executar um programa de êxito. Isto foi tomado como um desafio pelos líderes da Igreja.

A Associação Geral temia que os clubes de desbravadores superassem a sociedade dos M.V.

Normatizaram-se para o Clube de Desbravadores o voto, a lei, clube de leituras, ano bíblico, devoção matinal, as especialidades M.V., a cerimônia de investidura.

Em 1956 foi criada a classe de "Pesquisador", entre a classe de "Companheiro" e "Guia"; e "Pioneiro" entre "Pesquisador" e "Guia" em 1966.

Também foi instituído o sistema de méritos através do qual compensava os membros do clube por realizações especiais. A ordem unida e a marcha tornaram-se parte importante no programa.

A feira dos desbravadores começou em 1951. Nela os desbravadores mostravam o seu trabalho do ano e participavam de várias atividades.

No mesmo ano a Associação Geral publicou o curso de treinamento para a diretoria.

O hino dos desbravadores foi escrito por Henry Bergir em 1952.

As atividades começaram a se expandir: feiras, recolhimento de alimentos para distribuir a comunidade, ajuda aos enfermos, dando cursos bíblicos. O clube também se preparava para o campori, acampamento patrocinado pela Associação, onde os desbravadores demonstravam técnicas em atividades ao ar livre. O campori ocorreu nas datas de maio em 1954 em Idyllnoid, California. A denominação começou a dar ênfase aos desbravadores.

Criou-se o dia dos desbravadores em 1957, o terceiro sábado de setembro. Neste dia os desbravadores dirigiam o culto divino. Foi incluído também no clube de desbravadores um livro guia especializado no estudo da natureza e vida ao ar livre.

Em 1962 foi publicado o guia de camping e em 1957, sete anos após ter recebido reconhecimento oficial, a América do Norte tinha 707 clubes com 14.722 desbravadores e 3.527 líderes adulto.

A ênfase espiritual do primeiro trabalho jovem denominacional agora se expandiu no programa geral que tenta manter os interesses das crianças na Igreja.

Sabemos que nada aconteceu por acaso. Se hoje temos uma instituição organizada, é porque muitas pessoas de elevados anseios tem se empenhado em conservar ou melhorar o que encontraram. Irmãos anônimos que nada buscaram para si, nem nome, nem fama, mas que por um ideal sagrado dedicaram suas vidas em ensinar e em preparar meninos e meninas para se tornarem bons soldados de Cristo, terão sem dúvida a sua coroa cravada de estrelas no dia glorioso, quando nenhum ato passará desapercebido.